Abstrações audiovisuais extraídas do projecto documental híbrido “Arqueologias da Destruição”, sobre a crise habitacional em Portugal.
Teve como ponto de partida os desalojamentos forçados e demolições no bairro 2.º Torrão, na Trafaria; e uma atividade educativa sobre arqueologia realizada com as crianças do bairro, que resultou uma exposição arqueológica no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa.
A instalação escuta o que sobrevive à demolição — fragmentos de memória, ecos de infância e de terra. composta por video 360 graus, gravações de campo e sons processados ao vivo em edifícios devolutos, percorre os contrastes da paisagem urbana e o excesso de abandono. Propõe uma arqueologia sensorial do presente, um território onde o som substitui o corpo e habita o vazio como ato político.