ToxiCity junta uma narrativa especulativa ciborgue apocalíptica, de seres híbridos - humano-lixo/lixo-humano - com a experiência sensível da cidade. Estes híbridos poderão muito bem ser as gerações vindouras que serão obrigadas a lidar com um ambiente hostil à vida e a procurar na tecnologia soluções protésicas para sobreviver (techno-fixes). Alterar as condições do planeta é alterar a nossa própria condição humana.
Nesta oficina vamos aprender a construir um sistema baseado em Arduino, sensores de gases e altifalantes, onde será gerado um sinal a partir da leitura atmosférica em tempo real, traduzindo em diferentes frequências audíveis a variação dos níveis de poluição ao seu redor.
Recorrendo à ocupação do espaço físico e sonoro através das extensões tecnológicas dos corpos, surge uma paisagem sonora que procura ilustrar e expôr a paisagem invisível do ambiente que nos rodeia, possibilitando assim a audição dos dados da atmosfera escondidos do campo da visão, e consequentemente da imediatez da realidade.
Fazedora multidisciplinar, entusiasta da regeneração radical, escultora de situações sónicas e adepta da filosofia “DIY”. A sua prática desdobra-se entre as artes plásticas e a performance. Participa em exposições colectivas e eventos públicos desde 2013, onde se destacam “Убежище / Suoja / Shelter Festival - Laboratory” (Helsínquia, 2019), «48 часов Новосибирск» (Sibéria, 2019), ou “Derivas e Criaturas - Novas aquisições da coleção municipal de arte” e "O Afeto da Escuta" (Porto, 2021 e 2023). Água passou por várias casas, festivais e derivas institucionais, já se instalou brevemente em espaços tão díspares como a Kunsthalle Freeport, OCCII, Radialsystem, Casa das Conchas, o Atelier Logicofobista, Galeria Dentro, Galeria Zé dos Bois, Centro Botín, Casa de Serralves , Dar Meso, ou La Pointe de LaFayette, e, mais recentemente, MIT Massachusetts Institute of Technology and The Living Gallery. A par com Xavier Paes, com quem colabora frequentemente, é umas das mentes por trás dos organismos REFLUXO e DIES LEXIC.
3.30 horas
Mínimo 8 anos
Sugere-se que os participantes tragam luvas, garrafões, garrafas e outros contentores de plástico respigados do seu quotidiano. E se possível ainda, um computador portátil ou uma powerbank.
Os dispositivos criados na oficina ficam para os participantes que os produziram.